segunda-feira, outubro 04, 2010

Sobre Insuficiência Cardíaca Congestiva e Arritmias

Na última aula, quando vimos a lâmina de edema pulmonar, surgiu o questionamento sobre as causas da Insuficiência Cardíaca Congestiva Esquerda (ICCE). Além dos distúrbios valvares (como estenose e insuficência), há também as lesões miocárdicas e as arritmais.
Pois bem, arritmia é um distúrbio dos batimentos do coração decorrente de uma alteração na frequência ou no ritmo (ou em ambos). As arritmias são descontroles do sistema de condução do coração e não da estrutura cardíaca. As arritmias são classificadas de acordo com o local de origem dos impulsos e
mecanismo de condução envolvido. Por exemplo, uma arritmia que tem origem no nódulo sinusal (nódulo SA) e tem uma frequência lenta é chamada de bradicardia sinusal. Existem quatro possíveis locais de origem das arritmias: nódulo sinusal, átrios, nódulo AV, e ventrículos. Os mecanismos possíveis de alteração da condução que podem ocorrer incluem: bradicardia, taquicardia, flutter, fibrilação, batimentos prematuros e bloqueios cardíacos. As arritmias são identificadas por meio da análise das ondas do eletrocardiograma (ECG). E para entender estes processos patológicos, é fundamental a compreensão do ECG, seus procedimentos e interpretação. Certamente na disciplina de clínica médica vocês verão como se faz e interpreta um ECG. Clique aqui e dê uma espiadinha neste link.

Cabe então fazer uma boa revisão sobre a fisiologia cardíaca. Neste caso atentando para as propriedades do miocárdio quanto à excitabilidade, automaticidade, condutividade e contratilidade.

5 comentários:

  1. Boa noite,sou aluna de Medicina Veterinária da Uniderp de Campo Grande....gostaria de tirar uma dúvida:
    Porque um animal insuficiente cardíaco naum é considerado cardiopata?

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  2. Olá, Danielle. Bem, vamos então deixar claro: um animal insuficiente cardíaco é um cardiopata! A questão é descobrir qual é a etiologia desta cardiopatia. Por definição, cardiopata é aquele animal que apresenta uma alteração com sede no coração e, em função disso, tem comprometida sua plena funcionalidade cardíaca.

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  3. Boa noite professor Raimundo!
    Sou aluno da PUCPR, do campus de São José dos Pinhais.
    A minha pergunta não é diretamente sobre a ICC ou sobre arritmias, mas sim sobre a miocardiopatia dilatada. Acredito que até seja uma pergunta meio boba, porém esse assunto foi tema de uma das minhas aulas de clínica médica e me deixou curioso.
    Gostaria de saber se com a hipertrofia da musculatura na forma excêntrica ocorre alguma alteração na morfologia das artérias e veias coronárias? Se elas possuem condições anatômicas de distensão que possibilitam a manutenção da função normal?
    Procurei na literatura, mas existem poucas informações sobre isso e eu nunca lembro de perguntar para a minha professora de patologia.
    Desde já aproveito para agradecer e parabenizar pelo blog, que por sinal é excelente.

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  4. Corrigindo...
    Não me referia a miocardiopatia dilatada, mas sim a miocardiopatia hipertrófica.
    Desculpe-me pelo engano professor.

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  5. Olá, Thierry. Obrigado por visitar o blog e deixar seu comentário. Bem, tanto na Cardiomiopatia Hipertrófica como na Cardiomiopatia Dilatada não há alterações coronarianas significativas. As alterações marcantes são observadas no miocárdio mesmo, tanto macro como micro. Se há alguma alteração coronariana presente, é provável que não tenha conexão com a cardiomiopatia. Lembro que a Cardiomiopatia Hipertrófica em medicina veterinária é um distúrbio mais observado em gatos e a etiologia, assim como nos humanos, é genética.

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