sexta-feira, dezembro 21, 2012

VetGame



A prestigiada Revista Clínica Veterinária, na sua edição número 100, traz aos seus leitores a indicação de uma ferramenta interativa muito interessante. Trata-se do VetGame, um jogo on-line que simula condições reais da vivência clínica veterinária. O game poderá ser utilizado sem nenhum custo pelo período de 12 meses. Siga o link para o VetGame e preencha o formulário de cadastro. Em seguida, será enviado uma senha para o acesso ao VetGame.
Agradeço ao Caio César e à Camila Roldão que também me enviaram o link e comentaram que é uma experiência criativa e instrutiva.

Para os usuários de smartphones tablets também há uma opção divertida, embora mais voltada para o público infantil, trata-se do "Dr Panda's Hospital - Vet Game". A versão completa é paga no Google Play, mas há uma versão free.

sábado, dezembro 01, 2012

Dia Mundial de Combate à AIDS

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que a taxa de incidência de Aids no Brasil tem se mantido nos mesmos índices nos últimos anos. Os dados apontam que a taxa de incidência da doença no País, em 2011, foi de 20,2 por 100.000 habitantes. Nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença. O maior número de casos está concentrado nos grandes centros urbanos.

Hoje, Dia Nacional de Combate à AIDS, vale divulgar o apelo do Ministério da saúde da importância de se fazer o teste de HIV. As mensagens mostram que o teste é um processo seguro, sigiloso e acessível na rede pública. Os protagonistas da campanha, que vivem com HIV e descobriram sua sorologia por meio do teste, irão incentivar a realização do exame

Das 530 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.

A campanha também incentiva os profissionais de saúde a recomendarem a testagem aos pacientes, independente de gênero, orientação sexual, comportamento ou contextos de maior vulnerabilidade.

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o coeficiente nacional de mortalidade caiu de 6,3 mortes para cada 100 mil habitantes, em 2000, para 5,6, em 2011. Na última década, o País apresentou uma média de 11.300 mortes por ano provocadas pela Aids.

Além disso, é importante enfatizar também a enorme necessidade de incrementar as campanhas de prevenção contra as Hepatites B e C.

quinta-feira, novembro 22, 2012

A importância da necropsia



Na medicina é comum a prática da autopsia para obtenção de respostas para casos de enfermidades aparentemente sem solução, sendo também de grande importância na busca da cura de câncer, por exemplo. Hoje em dia, o papel do legista tem destaque na indústria de entretenimento, sendo explorada em filmes e seriados (CSI, Bones, Dexter). A necropsia, como também é chamada, possui igual importância na medicina veterinária. Por definição, é o exame realizado por um profissional da área médica ou médico-veterinária, que consiste na análise dos órgãos em busca de uma resposta a uma lesão ou causa da morte. É por muitos considerada uma ciência por exigir um alto grau de conhecimento permitindo uma maior intimidade com os processos infecciosos, parasitários e metabólicos que acometem diferentes espécies, assim como é uma arte, pois requer destreza no procedimento para que as condições sejam esclarecidas de forma eficaz. Por isso é um método diagnóstico eficiente permitindo a compreensão dos dados clínicos em comparação as lesões pós-mortais.
Para exemplificar, quando um animal de estimação morre decorrente de uma doença inexplicável o proprietário alimenta dúvidas acerca das causa mortis. A análise geral dos órgãos e lesões permite um diagnóstico acurado e alívio da ansiedade do proprietário. Com relação ao setor de produção animal, quando ocorre a morte de muitos animais em um rebanho, o ato de necropsiar pode estabelecer a causa como contagiosa ou não, o que de certa maneira alivia as tensões de um produtor, auxiliando na tomada de ações curativas ou profiláticas. Considera- se também que o profissional desta área pode atuar de forma a fiscalizar erros provenientes de procedimentos cirúrgicos ou clínicos já que boa parte dos desvios profissionais não reconhecidos pode tomar a forma de diagnóstico equivocado. Isso ajuda a evitar o aumento de óbitos por métodos mal realizados, ou seja, é um controle de qualidade.
Apesar da importância deste processo diagnóstico, é uma técnica muito negligenciada no meio veterinário. Estudos apontam que o medo da contaminação é um dos principais fatores associados, fora fatos como desconhecimento ou despreparo para realização da necropsia. E essa apreensão é alta principalmente em casos de raiva ou até mesmo carbúnculo hemático. Porém medidas simples como a utilização de equipamentos de proteção individual (luvas, óculos, máscara, etc.) e cuidado no manuseio dos tecidos impedem a infecção.
O exame pós-morte ainda é uma das melhores maneiras de comparação entre sinais clínicos com alterações que não eram possíveis de visualizar durante a vida. A não realização da necropsia não evidencia diagnósticos errôneos e por pressuposto a falta de reconhecimento dos erros culmina com a sua constância, podendo ser levado a status de fato rotineiro. Além do que o exame do cadáver abre um amplo espaço para coleta de material biológico para posteriores análises que darão sustância a confirmação do caso. 

Texto de Alcides Branco, Residente em Medicina Veterinária da UFPR/Campus Palotina, área de Anatomia Patológica.

terça-feira, novembro 13, 2012

A importância das alterações cadavéricas em Medicina Veterinária

As alterações cadavéricas são importantes por três aspectos fundamentais: diferenciar as alterações pré-existentes no cadáver (ou seja, aquelas que surgiram antes da morte) das alterações que se instalam após a morte; estimar pelas alterações pós-morte instaladas o tempo decorrido desde o óbito; e caracterizar alterações que sejam úteis na elucidação na causa da morte e que sirvam de elementos consistentes como provas ou evidências de como ocorreu essa morte. Portanto, tem muito valor em termos de medicina legal.

A Medicina Legal Veterinária vem crescendo no Brasil e hoje é oferecida como disciplina regular nos currículos de várias instituições de ensino superior.
Abaixo estão os links para os artigos de Bandarra e Sequeira (1999) referidos na aula de Alterações Cadavéricas.

Bandarra, E.P.; Sequeira, J.L. Tanatologia Parte 1. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP v.2(1): 59-63, 1999.

Bandarra, E.P.; Sequeira, J.L. Tanatologia Parte 2. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP v.2(3): 72-76, 1999.

terça-feira, setembro 18, 2012

Retificação

Prezad@s,
em virtude da reestruturação do calendário acadêmico (Resolução CEPE42/12) e considerando o pedido dos estudantes, as aulas serão retomadas a partir da quinta (19).

segunda-feira, setembro 17, 2012

Reinício das aulas de Patologia Geral

Caríssim@s,
amanhã retomamos as nossas as aulas. Portanto haverá aula normal de Patologia Geral nesta terça, às 09:30 horas.

quinta-feira, agosto 23, 2012

Descoberto o Hepacivirus Canino

Os humanos padecem de diversas formas infecciosas de hepatite. A mais preocupante do ponto de vista epidemiológico é a Hepatite C, causada por um Hepacivirus da família Flaviviridae. A Hepatite C é considerada pela Organização Mundial de Saúde como pandêmica mundialmente. Cerca de 200 milhões de pessoas no mundo estão infectadas. Além de ser uma enfermidade grave que leva à insuficiência hepática progressiva, também contribui para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular.

A novidade é que pesquisadores das Universidades de Columbia (EUA) e Edinburgo (Reino Unido) descobriram um homólogo canino do vírus da Hepatite C. A busca por este homólogo durante anos foi centrada em primatas não-humanos. A descoberta do hepacivirus canino foi casual e ocorreu durante um experimento com vírus que afetam o trato respiratório de cães. Os primeiros cães estudados são dos estados do Texas, Utah e Pennsylvania.

O sequenciamento genético do vírus o tornou o mais próximo do seu correlato humano já descoberto. O agora denominado Hepacivirus Canino (CHV) foi encontrado em 6 de 9 e em 3 de 5 cães em dois surtos distintos de doença respiratória.

O RNA do vírus foi encontrado em amostras do fígado em quantidades elevadas, mas ainda é cedo para avaliar se o HCV é hepatotrópico e o quanto está implicado nas arrasadoras hepatites crônicas caninas.

No meu doutorado trabalhei com amostras de hepatite crônica e cirrose caninas. Sempre acreditei que no futuro seríamos capazes de descobrir agentes infecciosos 'ocultos'. Hoje só prevalece o Adenovírus Canino Tipo-1 (CAV-1) como causador de hepatite viral em cães. A descoberta do CHV abre inúmeras possibilidades para investigar a possível etiologia infecciosa das hepatites crônicas caninas. Além disso, as pesquisas com CHV permitirão investigar a origem do vírus da Hepatite C em humanos.
Realmente uma descoberta extraordinária.

O artigo completo da descoberta do CHV foi publicado no Proceedings of Natural Academic Sciences.
Siga o link:
A. Kapoor, P. Simmonds, G. Gerold, N. Qaisar, K. Jain, J.A. Henriquez, C. Firth, D.L. Hirschberg, C. Rice, S. Shields, & W.I. Lipkin. (2011). Characterization of a canine homolog of hepatitis C virus Proc. Natl. Acad. Sci. USA

domingo, julho 29, 2012

Malformações congênitas

Há algumas semanas na cidade de Zilina, na Eslováquia, nasceu (ou seriam nasceram?) esta simpatia de duas cabeças.


Trata-se de Tartaruga de Esporas Africana (Geochelone sulcata). O proprietário batizou as cabeças de Magda e Lenka.


Formações congênitas desta natureza são incomuns. Este caso em especial envolve as chamadas "formações duplas unidas de apresentação incompleta e simétrica". Há várias do gênero. Magda e Lenka são do tipo "dicéfalas". É uma anomalia compatível com a vida e é provável que alcancem a vida adulta tanto quanto um espécime normal.

Estas formações também aparecem em muitas outras espécies, inclusive humanos. Olha aí uma cobra dicéfala. Esta apareceu no interior da Alemanha.

 

domingo, junho 10, 2012

Nomenclatura de Inflamação

A nomenclatura das inflamações é aparente mente muito simples. Envolve o radical que define a origem do tecido + o sufixo 'ite'. Digo que é aparentemente simples por que o radical associado ao tecido, em geral, vem do latim ou grego. Assim, Gastrite (a inflamação do estômago) vem da junção de Gastro + ite. Muitos termos são amplamente conhecidos por estudantes, profissionais e leigos. É o caso de 'dermatite' (inflamação da pele), por exemplo. Outros termos fogem à regra e não se usa o sufixo 'ite', é o caso de 'Pneumonia', a inflamação do parênquima pulmonar.

A seguir estão alguns associados a inflamações. Você seria capaz de dizer a quais tecidos se referem?
Vamos lá: Desmite, Colecistite, Ooforite, Orquite, Guterocistite, Ceratite, Tiflite, Estomatite, Nefrite, Rinite. Que tal, fácil ou não?

quarta-feira, junho 06, 2012

Enquanto isso na Patologia Geral...

Caríssimos,
nossa última aula foi sobre Inflamação. Certamente é um dos mais belos temas da patologia e um dos mais complexos processos biológicos a ser amplamente decifrado.
Vamos explorar algumas apresentações de inflamação em diferentes órgãos e tecidos?
Inauguro esta série com uma gastrite.
As causas de gastrite são as mais variadas.
Nos animais e nas pessoas as doenças digestórias estão associadas ao estresse. Especificamente nos cães e nas pessoas ao uso de anti-inflamatórios não esteróides, à infecção pelo Helicobacter pylori e à ingestão de substâncias/alimentos irritativos para a mucosa gástrica. As gastrites agudas são dramáticas por que desencadeiam sintomas muito desconfortáveis: hiporexia ou anorexia, sensação de repleção gástrica, dor epigástrica de intensidade variável, emese.

A foto que ilustra esta postagem mostra um quadro de gastrite aguda. A mucosa está hiperêmica e exibe um acentuado edema. Histologicamente, nessa fase, o epitélio está intacto e há um infiltrado neutrofílico de permeio. Posteriormente, se não houver regressão e/ou intervenção terapêutica, a atividade inflamatória promove erosão e hemorragia.

domingo, maio 20, 2012

Desculpas pelo sumiço

Caríssimos,  perdão pela aparente inatividade do blog.  São tempos tumultuados,  de muita correria.  Vamos nos adaptar a eles.

sábado, março 17, 2012

60+ Hora do Planeta 2012





O QUE É?


A Hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as suas luzes durante sessenta minutos.

QUANDO?


Sábado, dia 31 de março, das 20h30 às 21h30. Apague as luzes e participe da Hora do Planeta 2012.

ONDE?



No mundo todo e na sua cidade, empresa, casa... Em 2011, mais de um bilhão de pessoas em todo mundo apagaram as luzes durante a Hora do Planeta.


segunda-feira, março 05, 2012

A divisão dos blogs acontece!

Bem, nossa tão anunciada divisão do conteúdo dos blogs aconteceu. A partir de agora temos dois blogs: este PatologiaVet vai ser a referência para o conteúdo da Patologia Geral e PatologiaVet Especial será a referência para o conteúdo da Patologia Especial. É nosso desejo que vocês visitem os dois blogs e compartilhem conosco o que acharam da novidade. Grande abraço.

quinta-feira, março 01, 2012

Cronograma para as disciplinas 2012

Caríssimos,
sejam bem vindos para mais um ano letivo. Com energias renovadas e entusiasmo de sobra, vamos à luta! Disponibilizamos de imediato a vocês os cronogramas das disciplinas "Patologia Geral e Técnicas de Necropsia" e "Patologia Especial" para este primeiro semestre. É nosso desejo que vocês tenham um excelente ano acadêmico e que tenhamos a oportunidade de um agradável e recíproco aprendizado.

Cronograma de Patologia Geral - 1o semestre de 2012

Cronograma de Patologia Especial - 1o semestre de 2012

Critérios para Avaliação dos Portfólios Discentes

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Elsevier sob ameaça de boicote.

A Elsevier é uma das maiores editoras científicas do mundo. Boa parte do que se produz de interessante, confiável, crível e impactante na ciência mundial passa por ela.
Pois bem, isso custa dinheiro, muito dinheiro. A lógica é simples: a tramitação dos artigos nos mais diversos periódicos da Elsevier é paga. Portanto, submeter um artigo (o que não é garantia da publicação) implica em desembolso para a editora. A maioria dos periódicos funciona em revisões do tipo peer review (revisão por pares). Assim, inúmeros cientistas espalhados pelo mundo são recrutados pelos periódicos para compor seus corpos editoriais. Trabalho em geral não remunerado (a remuneração é o prestígio de compor o corpo editorial).

Depois do artigo tramitado (e pago!), editado e publicado ele pode ser acessado pelo público. Pagando, é claro! A Elsevier movimenta uma formidável soma de dinheiro no acesso aos seus periódicos. O governo brasileiro também é cliente da Elsevier. A partir do portal de periódicos da CAPES é possível acessar muitos títulos da editora. Só em 2011 o repasse do MEC para o acesso ao portal foi de R$ 133 milhões.

Confira mais na matéria publicada no site do UOL e assinada por Sabine Righeti.