domingo, outubro 31, 2010

Segunda Avaliação Teórica

Caríssimos, lembro a todos que na próxima sexta (dia 05 de novembro) teremos nossa segunda avaliação teórica. O conteúdo será:
Distúrbios Circulatórios;
Inflamação e Reparação; e
Imunopatologia
Sucesso a todos, sempre.

sábado, outubro 30, 2010

Está faltando alguma coisa...

Olá, Meninos e Meninos da Pato Geral.
Recebi os textos sobre reparação. Tarefa cumprida, mas falta alguma coisa. Os textos se limitam ao solicitado. Falta expressar uma visão mais pessoal. Falta coração, falta emoção. Será que a patologia é assim? Parece irônico eu perguntar se uma ciência que estuda a morte pode ser sem vida, não é mesmo? Mas cabe perguntar, sim. O que vocês acham? Lembram do Rudolf Virchow? Já falamos tanto dele. Na sala dele, em Viena, havia uma frase em latim escrita na parede: "Hic locus est ubi mors gaudet succurrere vitae". Significa: "Aqui é o lugar em que a morte se alegra em ajudar a vida". Original, não acham? Pois bem, a patologia é uma ciência dinâmica, multidisciplinar, transdiciplinar, envolvente e apaixonada. Muitos clínicos que eu conheço, bons clínicos, me dizem que só praticam sua atividade de forma eficiente porque foram bons estudantes de patologia.
Portanto, caríssimos, paixão! Envolvam-se não pelas notas, envolvam-se por que são cientistas. Ativem em si o gene da curiosidade. Ativem em si o gene do amor aos animais. Daí eu pergunto: como pretendem salvar as vidas dos seus futuros pacientes sem fazer o que fazem com paixão?

terça-feira, outubro 26, 2010

Lesões vistas na necropsia de aula prática


A foto acima mostra o mesmo corte paramediano através da cabeça do animal necropsiado mostrado no último post. Agora, com o material fibroso removido, observe o comprometimento das estruturas maxilar e frontal. A seta indica a fartura em M2. A decisão da eutanásia, assim, mostrou-se coerente em virtude do sofrimento do paciente e da complexidade cirurgica e terapêutica que seria se o tratamento fosse prolongado.

Lesões vistas na necropsia de aula prática


Portanto, a fístula proporcionou a passagem de ingesta da cavidade oral para os seios maxilar e forntal. Houve a instalação de um processo inflamatório crônico, destruição do septo nasal e a compactação de material fibroso no meato nasal, provocando obstrução parcial das vias aéreas superiores. A foto acima mostra um corte paramediano através da cabeça do animal necropsiado. Observe como o seio frontal é comprometido pelo matreial fibroso compactado.

Lesões vistas na necropsia de aula prática


O animal apresentava um significativo desconforto respiratório, corrimento nasal purulento, odor fétido nas narinas e produzia sons estertorosos ao respirar. Observamos que não havia evidência de lesão no trato respiratório inferior. Os brônquios e o pulmão não exibiam alterações marcantes. Mas, na cavidade oral visualizamos uma fratura antiga do segundo molar superior direito. Na evolução desta fratura houve a contaminação das estruturas periapicais (M2) e a formação de uma fístula. A fratura em M2 proporcionou uma solução de continuidade entre a cavidade oral e os seios maxilar e frontal.

Um pouco antes do trabalho...


Esta é a foto que vocês estavam me cobrando. A turma reunida momentos antes da necropsia da égua, na nossa penúltima aula prática. Bem, me vi na obrigação de postar as imagens das lesões no seio maxilar e frontal. Comentem a respeito do que acharam.

terça-feira, outubro 19, 2010

Actinobacilose - O aspecto macroscópico da lesão 2


Esta outra imagem corresponde ao corte transversal da língua. Imagem pertencente ao banco de imagens da Cornell University (http://w3.vet.cornell.edu/nst/).

Actinobacilose - O aspecto macroscópico da lesão


A Actinobacilose é causada pela Actinobacillus lignieresii. As lesões provocam uma glossite piogranulomatosa. As lesões na imagem aparecem multifocais (a cor púrpura é devido a uso de um produto terápico); as lesões são firmes, com a superfície irregularmente elevada e há nódulos granulares na área ventral da língua. A imagem é do banco de imagens da Cornell University (http://w3.vet.cornell.edu/nst/).

segunda-feira, outubro 18, 2010

Actinomicose - O aspecto macroscópico da lesão


Hoje vimos na aula de microscopia um granuloma actinomicóide. Interessante ver como a lesão macroscópica é exuberante. A actinomicose é causada pela Actinomyces bovis, bactéria gram-positiva, comensal da cavidade oral dos bovinos. Presume-se que a infecção se instale a partir de lesões préexistentes na cavidade oral do animal afetado. A colonização da ferida pelo A. bovis desencadeia uma reação inflamatória granulomatosa que afeta principalmente a mandíbula, acarretando em osteomielite. A lesão alcança vários centímetros de diâmetro e tem aspecto deformante. Procurem ler também a respeito de Actonobacilose. A imagem é do banco de imagen da Cornell University.

A obra acima é do grupo 6.

A obra acima é do grupo 5.

A obra acima é do grupo 4.

A obra acima é do grupo 3.

A obra acima é do grupo 2.

Agora as obras dos nossos artistas. Todas muito interessantes, criativas e, acima de tudo, ilustrativas sobre o processo inflamatório. Ou seja, há diferentes formas de ensinar e de aprender. E é possível aprender/ensinar com alegria, prazer e encanto.
A imagem acima é a obra do grupo 1.

Oficina de Criação: Inflamação - Grupo 6


Isabella, Vanessa, Henrique, Eloísa, Karin e Rodrigo trabalharam com desenho e colagem. Correram contra o tempo, mas o resultado foi ótimo. Criativo e original.

Oficina de Criação: Inflamação - Grupo 5


O "Clube do Bolinha", formado pelo Diego, Vinícius, Edeson, Bruno, Álvaro e Eduardo, trabalhou na ideia de uma história em quadrinhos, mas envolvendo pintura e colagem. Até o Iron Man apareceu pra ajudar.

Oficina de Criação: Inflamação - Grupo 4


O Clube da Luluzinha 2, formado pela Mallu, Patrícia, Ana Paula, Jéssica e Juliana, abusou da criatividade e fez de tudo um pouco: desenho, colagem, pintura... No quesito originalidade está imbatível.

Oficina de Criação: Inflamação - Grupo 3


O Clube da Luluzinha 1, formado pela Luana, Eliane, Mariana, Daiane e Luísa, optou por uma história da inflamação em quadrinhos. O resultado foi digno de ilustrar uma "Superinteressante".

Oficina de Criação: Inflamação - Grupo 2


Elton, Rafael, Jean, Daniel e Paola. O grupo trabalhou a ideia de contar a historia da inflamação de forma bem humorada, incluindo algumas alfinetadas nos políticos. Bem humorado e criativo.

Oficina de Criação: Inflamação - Grupo 1

Robson, Filipe, Douglas, Natália, Isabel e Alessandra. Trabalharam a ideia de uma história da inflamação a partir da agressão física. De quebra fazendo um alerta sobre a violência contra a mulher.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Sobre as células-tronco


As células-tronco são células totipotentes, ou seja, possuem a capacidade de se dividir dando origem aos mais diversos tipos de células, fenômeno que conhecemos como diferenciação celular.
Exatamente por ter esta característica, as células-tronco são potencialmente capazes de ser usadas de forma terapêutica. Diversas pesquisas em animais foram conduzidas e apontam para o formidável e potencial uso das células-tronco em doenças neurodegenerativas, lesões miocárdicas, traumas na medula espinhal, dentre outras.
Apesar do uso de células-tronco embrionárias envolver uma séria discussão ética e religiosa, é inegável que as repercussões clínicas e terapêuticas são animadoras.
Leia mais a respeito. Procure fazer uma ligação entre células-tronco e regeneração tecidual.

Tarefa sobre reparação


Elabore um texto (utilize o modelo de lauda apresentado no primeiro dia de aula) que contemple as respostas para a seguinte indagação:
Que fatores retardam a cicatrização de feridas?
Como de costume, a tarefa é individual, intransferível, manuscrita (legível) e original. E observem aquela nossa regrinha de ouro: nem tão curta que pareça um resumo e nem tão extensa que pareça uma tese de doutorado. A entrega é para o dia 28 de outubro.

As notas estão divulgadas em edital

As notas da 1a avaliação de Patologia Geral estão divulgadas em edital. A média global da turma foi de 7,28. Isso equivale a um B-. Creio que a turma pode ter um renfimento bem melhor. Mas, atenção: a prova é uma fotografia daquele seu momento na disciplina. É igualmente importante que vocês se autoavaliem. Vocês vão ter oportunidade de ver suas respectivas provas e checar onde tiveram êxito ou fracasso. Lembramos que é extremamente importante que vocês continuem reunindo as tarefas no portfólio. Ele será muito útil para que você analise o quanto evoluiu na disciplina.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Mediadores Químicos Solúveis da Inflamação

A inflamação é um fenômeno complexo que envolve numerosos componentes. Dentre os 'ingredientes' da inflamação estão os mediadores químicos solúveis. O que são e o que fazem?

Os mediadores químicos originam-se do plasma ou de células;

Ligam-se a receptores celulares específicos;

Alguns mediadores tem atividade enzimática direta;

Um mediador pode estimular a liberação de outros mediadores, amplificando ou regulando o processo inflamatório;

Exercem efeitos sobre múltiplos tipos de células;

Tem vida curta.

Tarefa:
1) Enumere os principais mediadores químicos solúveis envolvidos no processo inflamatório;
2) Descreva as principais ações relacionadas a cada um dos mediadores;
3) Correlacione o papel dos mediadores com os demais componentes da inflamação (fenômenos vasculares e recrutamento de leucócitos);
4) Sintetize em um parágrafo de quatro ou cinco linhas o que é a inflamação. Você tem liberdade para criar um conceito original, metafórico, diferente.

Solte sua imaginação. A tarefa é para os alunos da Pato Geral e deverá ser entregue até o dia 15 de outubro.

terça-feira, outubro 05, 2010

Inflamação: componentes envolvidos


A inflamação envolve muitos componentes do organismo. Há vários tipos de células envolvidas diretamente na atividade inflamatória, outras atuam indiretamente, outras sofrem as consequências do 'fogo amigo'. Também há inúmeras substâncias químicas que modulam o processo, os chamados 'mediadores químicos solúveis'. Além disso, a inflamação implica em mudanças estruturais e funcionais no tecido alvo. O vídeo acima mostra um macrófago fagocitando um microorganismo e liberando citocinas, potentes mediadores inflamatórios que acabam gerando reações sistêmicas. Veremos o papel de todos estes atores da inflamação. Leia a respeito. Principalmente sobre os mediadores químicos solúveis da inflamação. Vamos conversar bastante sobre eles.

Começando o estudo da Inflamação


Esta semana começamos a estudar o módulo de Inflamação na Patologia Geral. É um módulo extenso e complexo. Nem poderia ser diferente. A inflamação é um grande fenômeno biológico. Portanto, vamos nos deter neste tópico um pouco mais. Pelas próximas quatro aulas, só veremos inflamação. Mas, ainda assim, veremos somente as bases do processo inflamatório. Estudar inflamação em profundidade demanda um tempo enorme. Daí resulta que sempre estaremos estudando inflamação. Aliás, muita atenção futuros clínicos e cirurgiões: suas futuras intervenções terapêuticas só serão bem sucedidas se souberem muito bem o que é inflamação, quais componentes estão envolvidos, suas causas e consequências. Alguns vídeos no YouTube são muito interessantes para ilustrar tópicos que veremos em sala.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Sobre Insuficiência Cardíaca Congestiva e Arritmias

Na última aula, quando vimos a lâmina de edema pulmonar, surgiu o questionamento sobre as causas da Insuficiência Cardíaca Congestiva Esquerda (ICCE). Além dos distúrbios valvares (como estenose e insuficência), há também as lesões miocárdicas e as arritmais.
Pois bem, arritmia é um distúrbio dos batimentos do coração decorrente de uma alteração na frequência ou no ritmo (ou em ambos). As arritmias são descontroles do sistema de condução do coração e não da estrutura cardíaca. As arritmias são classificadas de acordo com o local de origem dos impulsos e
mecanismo de condução envolvido. Por exemplo, uma arritmia que tem origem no nódulo sinusal (nódulo SA) e tem uma frequência lenta é chamada de bradicardia sinusal. Existem quatro possíveis locais de origem das arritmias: nódulo sinusal, átrios, nódulo AV, e ventrículos. Os mecanismos possíveis de alteração da condução que podem ocorrer incluem: bradicardia, taquicardia, flutter, fibrilação, batimentos prematuros e bloqueios cardíacos. As arritmias são identificadas por meio da análise das ondas do eletrocardiograma (ECG). E para entender estes processos patológicos, é fundamental a compreensão do ECG, seus procedimentos e interpretação. Certamente na disciplina de clínica médica vocês verão como se faz e interpreta um ECG. Clique aqui e dê uma espiadinha neste link.

Cabe então fazer uma boa revisão sobre a fisiologia cardíaca. Neste caso atentando para as propriedades do miocárdio quanto à excitabilidade, automaticidade, condutividade e contratilidade.