segunda-feira, junho 20, 2011

Diabetes e informação

Caríssimos, vimos no estudo das enfermidades do sistema endócrino o efeito sistêmico de muitas endocrinopatias. Dentre estas endocrinopatias o Diabetes mellitus certamente tem importância de destaque. Sobretudo por que é uma enfermidade com forte paralelismo entre homens e animais. É importante que comos veterinários e, portanto, agentes promotores da saúde pública, estejamos bem informados sobre o diabetes. Sugiro que vocês façam uma visita ao site da Sociedade Brasileira de Diabetes e indiquem o link a outras pessoas. Informação salva vidas e previne doenças.

sábado, junho 04, 2011

Carbúnculo Sintomático

É uma doença causada pela bactéria Clostridium chauvoei e atinge bovinos jovens (6 meses a 2 anos de idade), até 1880 era confundida com o Carbúnculo Verdadeiro (causado pelo Bacillus anthracis); a principal diferença entre essas duas doenças é que o Clostridium chauvoei é anaeróbico restrito, ao contrário do Bacillus anthracis que necessita de oxigênio para a formação de esporos.

As bactérias encontram-se no solo, pela contaminação das pastagens por fezes infectadas ou decomposição de carcaças de animais que morreram da doença. E a incidência da doença é normalmente no verão.
A infecção ocorre pela ingestão de esporos que multiplicam-se no intestino, penetram na mucosa e vão parar em outros órgãos (baço, fígado) ou na musculatura, lá eles ficam alojados até haver um trauma, onde o ambiente (anaeróbico) será ideal para a germinação e proliferação. O Carbúnculo geralmente leva a morte do animal.

A doença inicia-se com febre e tumefações crepitantes da musculatura dos membros. O exame post-mortem mostra lesões dos músculos e tecido sub-cutâneo, apresentando exsudato gelatinoso, amarelado ou sanguinolento, e ainda há hemorragias além de muitas bolhas de gás. A musculatura está congesta e em alguns lugares podem apresentar-se amareladas, ao corte notam-se regiões com estrias negras. Encontram-se também porções do músculo amolecidas e apresenta odor adocicado. No exame histopatológico pode observar a presença de infiltrado inflamatório de células mononucleares e focos de degeneração vacuolar e hialina das fibras musculares. Para prevenir o carbúnculo há vacinas em comercialização, sendo feita uma única dose anualmente.

Para mais informações:
http://www.qualittas.com.br/documentos/Carbunculo%20Sintomatico.pdf

Autoria desta postagem: Alessandra Snak

sexta-feira, junho 03, 2011

Hipoadrenocorticismo (Doença de Addison)

Hipoadrenocorticismo é a deficiência da secreção de glicocorticóides, mineralcorticóides e esteróides adrenais gonadais pelo córtex da glândula adrenal. O córtex da adrenal fica reduzido praticamente à cápsula da glândula e a medula torna-se proeminente.

O hipoadrenocorticismo pode ser primário ou secundário. O primário, mais comum, se caracteriza pela atrofia adrenal bilateral. Essa atrofia pode ter várias causas, mas distúrbios auto-imunes ou iatrogênicos são frequentemente associados. O hipoadrenocorticismo secundário se caracteriza pela secreção deficiente de hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) pela hipófise, podendo ainda ser classificado em natural ou iatrogênico. O natural decorre de inflamação, tumor, traumatismo e defeitos congênitos do hipotálamo ou da glândula pituitária. O iatrogênico, mais comum, decorre do tratamento prolongado com glicocorticóides, que leva à atrofia bilateral da adrenal.

Essa patologia é pouco comum em cães e rara em gatos, sendo mais freqüente em fêmeas e animais de meia idade. Os sinais são multi-sistêmicos e, muitas vezes, se confundem com os de outras doenças. A deficiência de glicocorticóides contribui para o surgimento de letargia, fraqueza e disfunções gastrintestinais; já a deficiência de mineralcorticóides resulta em perda de sódio, retenção de potássio, desidratação, tremores musculares e distúrbios cardíacos de condução elétrica, sendo esses os sinais clínicos mais comuns. Nos exames laboratoriais a hipercalemia, hiponatremia e hipocloremia são as alterações eletrolíticas clássicas em animais com hipoadrenocorticismo.

O prognóstico de cães com hipoadrenocorticismo é bom se o diagnóstico for rápido e preciso, se o tratamento da crise inicial e manutenção forem eficientes e se o animal, a partir do diagnóstico, for medicado ininterruptamente e monitorado periodicamente.

Sugestão de leitura para quem quiser saber mais: http://www.utp.br/medicinaveterinaria/jornadaacademica/HIPOA_EM_CAES.pdf

Imagens de cortes histológicos da adrenal atrofiada no hipoadrenocorticismo:
http://anatpat.unicamp.br/lamendo5.html

Autoria: Karin Regina Gabriel