Com a popularização das tecnologias de informação e comunicação, a Educação a Distância (EaD) vem propiciando vastas possibilidades de formação, oportunizando aos profissionais de diversas áreas, a capacitação em serviço.
Com a disseminação do uso do ambiente virtual de ensino e aprendizagem Moodle, muitos professores tem utilizado esta tecnologia em suas aulas, principalmente como recurso de apoio aos conteúdos e atividades, ultrapassando as fronteiras da sala de aula tradicional.
É neste contexto que começamos agora a utilizar pedagogicamente o Moodle nas disciplinas de Patologia Geral e Especial.
Nós disponibilizaremos todas as condições necessárias ao desenvolvimento da disciplina, mas é importante lembrar que as atividades presenciais e todas as demais atividades do curso serão práticas decisivas no seu aproveitamento e qualificação.
Patologia Vet Blog
Este blog é voltado para os alunos de graduação, embora não exclusivamente. Nosso foco é o ensino da Patologia Animal. Somos professores da Universidade Federal do Paraná, Campus Palotina. O blog contém comentários, dicas, descrições de casos anátomo-clínicos e tem objetivo puramente educacional.
terça-feira, setembro 03, 2013
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Como simular uma pandemia global
Plague Inc. é um jogo muito interessante e (talvez) polêmico. O jogo permite ao usuário simular uma pandemia global por meio da diseminação de diferentes tipos de patógenos: bactérias, vírus, parasitas, armas biológicas e até mesmo organismos fictícios. É um campeão de downloads e um dos jogos mais baixados na App Store no último trimestre de 2012. O jogo foi desenvolvido pela Ndemic Creations.
A jogabilidade é ótima e a simulação da pandemia é muito realista. O jogo combina vários elementos de estratégia para disseminar a 'praga' em questão. Basicamente o usuário controla os mecanismos de transmissão do patógeno, os sintomas e lesões que os pacientes desenvolvem e a habilidade de adaptação e mutação do patógeno frente ao ambiente e às tentativas de tratamento. Para profissionais da área médica é uma fantástica ferramenta pedagógica para trabalhar conceitos de epidemiologia.
A polêmica fica por conta do fato de que a 'vitória' no jogo só é possível com o extermínio da humanidade. Portanto, vale tudo para estabelecer a tríade infectividade-sintomatologia-letalidade a mais feroz possível. O jogo ganhou tem uma versão para android.
A jogabilidade é ótima e a simulação da pandemia é muito realista. O jogo combina vários elementos de estratégia para disseminar a 'praga' em questão. Basicamente o usuário controla os mecanismos de transmissão do patógeno, os sintomas e lesões que os pacientes desenvolvem e a habilidade de adaptação e mutação do patógeno frente ao ambiente e às tentativas de tratamento. Para profissionais da área médica é uma fantástica ferramenta pedagógica para trabalhar conceitos de epidemiologia.
A polêmica fica por conta do fato de que a 'vitória' no jogo só é possível com o extermínio da humanidade. Portanto, vale tudo para estabelecer a tríade infectividade-sintomatologia-letalidade a mais feroz possível. O jogo ganhou tem uma versão para android.
sexta-feira, dezembro 21, 2012
VetGame
A prestigiada Revista Clínica Veterinária, na sua edição número 100, traz aos seus leitores a indicação de uma ferramenta interativa muito interessante. Trata-se do VetGame, um jogo on-line que simula condições reais da vivência clínica veterinária. O game poderá ser utilizado sem nenhum custo pelo período de 12 meses. Siga o link para o VetGame e preencha o formulário de cadastro. Em seguida, será enviado uma senha para o acesso ao VetGame.
Agradeço ao Caio César e à Camila Roldão que também me enviaram o link e comentaram que é uma experiência criativa e instrutiva.
Para os usuários de smartphones tablets também há uma opção divertida, embora mais voltada para o público infantil, trata-se do "Dr Panda's Hospital - Vet Game". A versão completa é paga no Google Play, mas há uma versão free.
sábado, dezembro 01, 2012
Dia Mundial de Combate à AIDS
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que a taxa de incidência de Aids no Brasil tem se mantido nos mesmos índices nos últimos anos. Os dados apontam que a taxa de incidência da doença no País, em 2011, foi de 20,2 por 100.000 habitantes. Nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença. O maior número de casos está concentrado nos grandes centros urbanos.
Hoje, Dia Nacional de Combate à AIDS, vale divulgar o apelo do Ministério da saúde da importância de se fazer o teste de HIV. As mensagens mostram que o teste é um processo seguro, sigiloso e acessível na rede pública. Os protagonistas da campanha, que vivem com HIV e descobriram sua sorologia por meio do teste, irão incentivar a realização do exame
Das 530 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.
A campanha também incentiva os profissionais de saúde a recomendarem a testagem aos pacientes, independente de gênero, orientação sexual, comportamento ou contextos de maior vulnerabilidade.
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o coeficiente nacional de mortalidade caiu de 6,3 mortes para cada 100 mil habitantes, em 2000, para 5,6, em 2011. Na última década, o País apresentou uma média de 11.300 mortes por ano provocadas pela Aids.
Além disso, é importante enfatizar também a enorme necessidade de incrementar as campanhas de prevenção contra as Hepatites B e C.
Hoje, Dia Nacional de Combate à AIDS, vale divulgar o apelo do Ministério da saúde da importância de se fazer o teste de HIV. As mensagens mostram que o teste é um processo seguro, sigiloso e acessível na rede pública. Os protagonistas da campanha, que vivem com HIV e descobriram sua sorologia por meio do teste, irão incentivar a realização do exame
Das 530 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.
A campanha também incentiva os profissionais de saúde a recomendarem a testagem aos pacientes, independente de gênero, orientação sexual, comportamento ou contextos de maior vulnerabilidade.
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o coeficiente nacional de mortalidade caiu de 6,3 mortes para cada 100 mil habitantes, em 2000, para 5,6, em 2011. Na última década, o País apresentou uma média de 11.300 mortes por ano provocadas pela Aids.
Além disso, é importante enfatizar também a enorme necessidade de incrementar as campanhas de prevenção contra as Hepatites B e C.
quinta-feira, novembro 22, 2012
A importância da necropsia
Na
medicina é comum a prática da autopsia para obtenção de respostas para casos de
enfermidades aparentemente sem solução, sendo também de grande importância na
busca da cura de câncer, por exemplo. Hoje em dia, o papel do legista tem
destaque na indústria de entretenimento, sendo explorada em filmes e seriados
(CSI, Bones, Dexter). A necropsia, como também é chamada, possui igual
importância na medicina veterinária. Por definição, é o exame realizado por um
profissional da área médica ou médico-veterinária, que consiste na análise dos
órgãos em busca de uma resposta a uma lesão ou causa da morte. É por muitos
considerada uma ciência por exigir um alto grau de conhecimento permitindo uma
maior intimidade com os processos infecciosos, parasitários e metabólicos que
acometem diferentes espécies, assim como é uma arte, pois requer destreza no
procedimento para que as condições sejam esclarecidas de forma eficaz. Por isso
é um método diagnóstico eficiente permitindo a compreensão dos dados clínicos
em comparação as lesões pós-mortais.
Para
exemplificar, quando um animal de estimação morre decorrente de uma doença
inexplicável o proprietário alimenta dúvidas acerca das causa mortis. A análise
geral dos órgãos e lesões permite um diagnóstico acurado e alívio da ansiedade
do proprietário. Com relação ao setor de produção animal, quando ocorre a morte
de muitos animais em um rebanho, o ato de necropsiar pode estabelecer a causa
como contagiosa ou não, o que de certa maneira alivia as tensões de um
produtor, auxiliando na tomada de ações curativas ou profiláticas. Considera-
se também que o profissional desta área pode atuar de forma a fiscalizar erros provenientes
de procedimentos cirúrgicos ou clínicos já que boa parte dos desvios profissionais
não reconhecidos pode tomar a forma de diagnóstico equivocado. Isso ajuda a evitar
o aumento de óbitos por métodos mal realizados, ou seja, é um controle de
qualidade.
Apesar
da importância deste processo diagnóstico, é uma técnica muito negligenciada no
meio veterinário. Estudos apontam que o medo da contaminação é um dos
principais fatores associados, fora fatos como desconhecimento ou despreparo
para realização da necropsia. E essa apreensão é alta principalmente em casos
de raiva ou até mesmo carbúnculo hemático. Porém medidas simples como a
utilização de equipamentos de proteção individual (luvas, óculos, máscara,
etc.) e cuidado no manuseio dos tecidos impedem a infecção.
O exame pós-morte ainda
é uma das melhores maneiras de comparação entre sinais clínicos com alterações
que não eram possíveis de visualizar durante a vida. A não realização da
necropsia não evidencia diagnósticos errôneos e por pressuposto a falta de
reconhecimento dos erros culmina com a sua constância, podendo ser levado a status de fato rotineiro. Além do que o
exame do cadáver abre um amplo espaço para coleta de material biológico para
posteriores análises que darão sustância a confirmação do caso. Texto de Alcides Branco, Residente em Medicina Veterinária da UFPR/Campus Palotina, área de Anatomia Patológica.
terça-feira, novembro 13, 2012
A importância das alterações cadavéricas em Medicina Veterinária
As alterações cadavéricas são importantes por três aspectos fundamentais: diferenciar as alterações pré-existentes no cadáver (ou seja, aquelas que surgiram antes da morte) das alterações que se instalam após a morte; estimar pelas alterações pós-morte instaladas o tempo decorrido desde o óbito; e caracterizar alterações que sejam úteis na elucidação na causa da morte e que sirvam de elementos consistentes como provas ou evidências de como ocorreu essa morte. Portanto, tem muito valor em termos de medicina legal.
A Medicina Legal Veterinária vem crescendo no Brasil e hoje é oferecida como disciplina regular nos currículos de várias instituições de ensino superior.
Abaixo estão os links para os artigos de Bandarra e Sequeira (1999) referidos na aula de Alterações Cadavéricas.
Bandarra, E.P.; Sequeira, J.L. Tanatologia Parte 1. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP v.2(1): 59-63, 1999.
Bandarra, E.P.; Sequeira, J.L. Tanatologia Parte 2. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP v.2(3): 72-76, 1999.
A Medicina Legal Veterinária vem crescendo no Brasil e hoje é oferecida como disciplina regular nos currículos de várias instituições de ensino superior.
Abaixo estão os links para os artigos de Bandarra e Sequeira (1999) referidos na aula de Alterações Cadavéricas.
Bandarra, E.P.; Sequeira, J.L. Tanatologia Parte 1. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP v.2(1): 59-63, 1999.
Bandarra, E.P.; Sequeira, J.L. Tanatologia Parte 2. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP v.2(3): 72-76, 1999.
terça-feira, setembro 18, 2012
Retificação
Prezad@s,
em virtude da reestruturação do calendário acadêmico (Resolução CEPE42/12) e considerando o pedido dos estudantes, as aulas serão retomadas a partir da quinta (19).
em virtude da reestruturação do calendário acadêmico (Resolução CEPE42/12) e considerando o pedido dos estudantes, as aulas serão retomadas a partir da quinta (19).
segunda-feira, setembro 17, 2012
Reinício das aulas de Patologia Geral
Caríssim@s,
amanhã retomamos as nossas as aulas. Portanto haverá aula normal de Patologia Geral nesta terça, às 09:30 horas.
amanhã retomamos as nossas as aulas. Portanto haverá aula normal de Patologia Geral nesta terça, às 09:30 horas.
quinta-feira, agosto 23, 2012
Descoberto o Hepacivirus Canino
Os humanos padecem de diversas formas infecciosas de hepatite. A mais preocupante do ponto de vista epidemiológico é a Hepatite C, causada por um Hepacivirus da família Flaviviridae. A Hepatite C é considerada pela Organização Mundial de Saúde como pandêmica mundialmente. Cerca de 200 milhões de pessoas no mundo estão infectadas. Além de ser uma enfermidade grave que leva à insuficiência hepática progressiva, também contribui para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular.
A novidade é que pesquisadores das Universidades de Columbia (EUA) e Edinburgo (Reino Unido) descobriram um homólogo canino do vírus da Hepatite C. A busca por este homólogo durante anos foi centrada em primatas não-humanos. A descoberta do hepacivirus canino foi casual e ocorreu durante um experimento com vírus que afetam o trato respiratório de cães. Os primeiros cães estudados são dos estados do Texas, Utah e Pennsylvania.
O sequenciamento genético do vírus o tornou o mais próximo do seu correlato humano já descoberto. O agora denominado Hepacivirus Canino (CHV) foi encontrado em 6 de 9 e em 3 de 5 cães em dois surtos distintos de doença respiratória.
O RNA do vírus foi encontrado em amostras do fígado em quantidades elevadas, mas ainda é cedo para avaliar se o HCV é hepatotrópico e o quanto está implicado nas arrasadoras hepatites crônicas caninas.
No meu doutorado trabalhei com amostras de hepatite crônica e cirrose caninas. Sempre acreditei que no futuro seríamos capazes de descobrir agentes infecciosos 'ocultos'. Hoje só prevalece o Adenovírus Canino Tipo-1 (CAV-1) como causador de hepatite viral em cães. A descoberta do CHV abre inúmeras possibilidades para investigar a possível etiologia infecciosa das hepatites crônicas caninas. Além disso, as pesquisas com CHV permitirão investigar a origem do vírus da Hepatite C em humanos.
Realmente uma descoberta extraordinária.
O artigo completo da descoberta do CHV foi publicado no Proceedings of Natural Academic Sciences.
Siga o link:
A. Kapoor, P. Simmonds, G. Gerold, N. Qaisar, K. Jain, J.A. Henriquez, C. Firth, D.L. Hirschberg, C. Rice, S. Shields, & W.I. Lipkin. (2011). Characterization of a canine homolog of hepatitis C virus Proc. Natl. Acad. Sci. USA
A novidade é que pesquisadores das Universidades de Columbia (EUA) e Edinburgo (Reino Unido) descobriram um homólogo canino do vírus da Hepatite C. A busca por este homólogo durante anos foi centrada em primatas não-humanos. A descoberta do hepacivirus canino foi casual e ocorreu durante um experimento com vírus que afetam o trato respiratório de cães. Os primeiros cães estudados são dos estados do Texas, Utah e Pennsylvania.
O sequenciamento genético do vírus o tornou o mais próximo do seu correlato humano já descoberto. O agora denominado Hepacivirus Canino (CHV) foi encontrado em 6 de 9 e em 3 de 5 cães em dois surtos distintos de doença respiratória.
O RNA do vírus foi encontrado em amostras do fígado em quantidades elevadas, mas ainda é cedo para avaliar se o HCV é hepatotrópico e o quanto está implicado nas arrasadoras hepatites crônicas caninas.
No meu doutorado trabalhei com amostras de hepatite crônica e cirrose caninas. Sempre acreditei que no futuro seríamos capazes de descobrir agentes infecciosos 'ocultos'. Hoje só prevalece o Adenovírus Canino Tipo-1 (CAV-1) como causador de hepatite viral em cães. A descoberta do CHV abre inúmeras possibilidades para investigar a possível etiologia infecciosa das hepatites crônicas caninas. Além disso, as pesquisas com CHV permitirão investigar a origem do vírus da Hepatite C em humanos.
Realmente uma descoberta extraordinária.
O artigo completo da descoberta do CHV foi publicado no Proceedings of Natural Academic Sciences.
Siga o link:
A. Kapoor, P. Simmonds, G. Gerold, N. Qaisar, K. Jain, J.A. Henriquez, C. Firth, D.L. Hirschberg, C. Rice, S. Shields, & W.I. Lipkin. (2011). Characterization of a canine homolog of hepatitis C virus Proc. Natl. Acad. Sci. USA
domingo, julho 29, 2012
Malformações congênitas
Há algumas semanas na cidade de Zilina, na Eslováquia, nasceu (ou seriam nasceram?) esta simpatia de duas cabeças.
Trata-se de Tartaruga de Esporas Africana (Geochelone sulcata). O proprietário batizou as cabeças de Magda e Lenka.
Formações congênitas desta natureza são incomuns. Este caso em especial envolve as chamadas "formações duplas unidas de apresentação incompleta e simétrica". Há várias do gênero. Magda e Lenka são do tipo "dicéfalas". É uma anomalia compatível com a vida e é provável que alcancem a vida adulta tanto quanto um espécime normal.
Estas formações também aparecem em muitas outras espécies, inclusive humanos. Olha aí uma cobra dicéfala. Esta apareceu no interior da Alemanha.
Trata-se de Tartaruga de Esporas Africana (Geochelone sulcata). O proprietário batizou as cabeças de Magda e Lenka.
Formações congênitas desta natureza são incomuns. Este caso em especial envolve as chamadas "formações duplas unidas de apresentação incompleta e simétrica". Há várias do gênero. Magda e Lenka são do tipo "dicéfalas". É uma anomalia compatível com a vida e é provável que alcancem a vida adulta tanto quanto um espécime normal.
Estas formações também aparecem em muitas outras espécies, inclusive humanos. Olha aí uma cobra dicéfala. Esta apareceu no interior da Alemanha.
Assinar:
Postagens (Atom)